Autor
Tipo de Bolsa
Sem Bolsa
Orientador
GIORDANO WOSGRAU CALLONI
Centro do Orientador
CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS
Departamento do Orientador
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR, EMBRIOLOGIA E GENÉTICA / BEG/CCB
Laboratório
Laboratório de Células Tronco e Regeneração Tecidual
Área do Conhecimento
Citologia e Biologia Celular
Período
Agosto de 2013 até Agosto de 2014
Titulo
Avaliação da associação de células-tronco mesenquimais humanas à hidrogéis de carragenana para regeneração dérmica.
Resumo

A pele humana ao sofrer uma injúria profunda passa por uma série de eventos complexos para reparar a lesão sofrida. Inicialmente este reparo resulta na formação de um agregado de células (principalmente fibroblastos) e de uma matriz extracelular desorganizada (sobretudo da molécula colágeno) originando uma cicatriz. Muito diferentemente de uma salamandra que consegue regenerar um membro inteiro amputado, um ser humano consegue reparar, mas não regenerar totalmente o tecido perdido. A chave para um processo regenerativo pode encontrar-se nas células-tronco, que atualmente já estão bem descritas e caracterizadas como existentes ainda nos organismos adultos. Dentre os diversos tipos de células-tronco, podemos destacar as células-tronco mesenquimais, as quais podem ser obtidas de diversos órgãos, desde a medula óssea, placenta, cordão umbilical e a pele humana fetal e adulta. Um dos maiores desafios para as terapias futuras com células-tronco encontra-se na dificuldade em transportar estas células para o organismo receptor. Desta forma, estas células precisam ser colocadas em um veículo de transporte, um “arcabouço” que permita a incorporação completa no tecido hospedeiro. Esta integração (arcabouço + célula + tecido receptor) não pode apresentar toxicidade nem ser rejeitada por parte do tecido que estará recebendo as células-tronco. Atualmente um dos maiores entraves para a regeneração dérmica é justamente a falta de um arcabouço que reúna todas as características que promovam uma compatibilidade perfeita com a pele humana. Neste projeto estamos propondo o estudo de um polissacarídeo (açúcar complexo) de origem natural derivado da parede celular de algas cultivadas por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, na praia de Sambaqui, em Florianópolis. A partir deste polissacarídeo, chamado de carragenana, forma-se um gel altamente hidratado (hidrogel) e que possui várias características necessárias para ser incorporado em um tecido receptor: atóxico, inerte química e fisicamente, biodegradável, altamente hidratado e maleável. Este material pode vir a constituir um excelente veículo para o transporte de células-tronco para a regeneração tecidual. O presente projeto tem por objetivo avaliar a capacidade de reparo de lesões da pele de camundongos através da associação de células-tronco da pele humana com hidrogéis de carragenana. Estes hidrogéis de carragenana serão, portanto, testados tanto como substrato 3D quanto ao seu potencial de sustentar a sobrevivência, adesão, proliferação e diferenciação de células-tronco adultas derivadas de seres humanos. Desta forma, vislumbramos que futuramente estes protocolos e conhecimentos básicos possam ser adaptados para clínica e desta forma auxiliem o avanço de terapias regenerativas da pele de humanos.  

 

Palavras-chave
células tronco, regeneração tecidual, biomateriais

Pró-Reitoria de Pesquisa(PROPESQ) | Central Telefônica - (48) 3721-9332 | Email - piict@contato.ufsc.br