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Tipo de Bolsa | Sem Bolsa |
Orientador | NUBIA SARAIVA FERREIRA |
Centro do Orientador | CENTRO DE COMUNICACAO E EXPRESSAO |
Departamento do Orientador | DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA VERNÁCULAS / DLLV/CCE |
Laboratório | Núcleo Estudos Gramaticais |
Área do Conhecimento | Lingüística |
Período | Setembro de 2017 até Setembro de 2018 |
Titulo | Análise do sufixo -vel como marcador de modalidade |
Resumo | O tema de investigação deste projeto de pesquisa é o emprego de -vel como sufixo modal. A hipótese é que este sufixo corresponde a um marcador de modalidade quando se adjunge a bases eventivas, como em quebrável, desmontável, dobrável..., mas não quando se adjunge a bases de outra natureza – como estativas, por exemplo: como em amável, desejável, detestável... Os primeiros exemplos correspondem a adjetivos que descrevem uma propriedade inerente aos objetos correspondentes ao complemento dos predicados eventivos quebrar, desmontar e dobrar respectivamente. O sufixo -vel indica, nesses casos, que tais objetos apresentam propriedades que podem ser quebrados, desmontados ou dobrados, expressando uma noção modal de possibilidade ou capacidade (passível de...). Quando o sufixo -vel se combina com bases estativas, nenhuma interpretação modal parece ser licenciada: o adjetivo amável em uma sequência uma criança amável, por exemplo, não significa uma criança que pode ser amada, e sim uma criança que desperta amor; da mesma forma um adjetivo como desejável em um carro desejável não gera a interpretação que pode ser desejado, e sim que desperta desejo. Esta pesquisa objetiva investigar essas diferentes leituras associadas ao sufixo -vel (modal e não modal), assim como também analisar casos de adjetivos que o português herdou do latim, como horrível, terrível, afável, potável, viável, plausível, passível, compatível etc., que não derivam de verbos do português e que, no caso de alguns, nem têm mais raízes reconhecíveis na sincronia. A pesquisa se ancora nas proposta de Moreira (2014), que tange essas construções como “adjetivos disposicionais”, em acordo com as suas diferentes interpretações semânticas estritas às suas suscetibilidades e tendências. Nossa pesquisa se ancora também nos trabalhos de Ngoy e Oliveira (2007), de Rech e Giachin (2014) e Rech e Varaschin (2017), a partir dos dois últimos investigaremos a hipótese de uma possível influência das propriedades (não-)agentivas da base ao qual o sufixo -vel se adjunge no licenciamento de uma interpretação modal ao adjetivo. Nossa análise está ancorada na teoria gerativa, dialogando com o modelo da morfologia distribuída. |
Palavras-chave | morfossintaxe; modalidade; sufixo -vel |