Autor
Tipo de Bolsa
Sem Bolsa
Orientador
FABIENNE ANTUNES FERREIRA
Centro do Orientador
CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS
Departamento do Orientador
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA/CCB
Laboratório
Laboratório de Genética Molecular de Bactérias
Área do Conhecimento
Genética Molecular e de Microorganismos
Período
Setembro de 2018 até Fevereiro de 2020
Titulo
Detecção de amostras de Staphylococcus aureus em uma população idosa residente em instituição de longa permanência de Florianópolis-SC
Resumo

Estima-se que cerca de 20-30% da população mundial seja colonizada de forma persistente e assintomática por Staphylococcus aureus em sua cavidade nasal. Porém, esta bactéria é, ao mesmo tempo, um dos mais importantes microrganismos em termos de incidência e severidade de infecções, que incluem infecções de corrente sanguínea e pneumonia hospitalar. S. aureus multirresistentes são conhecidos como S. aureus resistentes à meticilina (MRSA; methicillin-resistant S. aureus). Já está bem estabelecido na literatura científica que a colonização nasal por MRSA constitui um fator de risco significativo para o desenvolvimento de uma infecção causada pelo mesmo microrganismo, sendo esta infecção quase sempre associada à cepa residente. Alguns grupos em particular são mais susceptíveis ao desenvolvimento de infecções por esta bactéria, como a população carcerária. Infecções no ambiente prisional são particularmente problemáticas em razão de superlotação e infraestrutura precária, que facilitam a transmissão de agentes infecciosos. Até o momento, apenas 1 estudo publicado foi encontrado acerca do isolamento e caracterização de amostras S. aureus neste grupo no Brasil. Assim, as informações a respeito do tema são bastante escassas. Desta forma, a presente proposta objetiva reportar dados sobre a prevalência e fatores de risco da colonização por MRSA em população carcerária pela primeira vez no Estado de Santa Catarina. O estudo contemplará amostras de nasofaringe coletadas de detentos sob custódia na Penitenciária de Florianópolis, que serão estudadas quanto à incidência de amostras de S. aureus e MRSA e os prováveis fatores de risco associados a colonização por estes microrganismos. A prevalência de S. aureus será avaliada por cultivo bacteriano, caracterização bioquímica e MALDI-TOF e a resistência a meticilina será avaliada por PCR (reação em cadeia da polimerase) e teste de sensibilidade a cefoxitina. Os potenciais fatores de risco associados a colonização serão acessados através de questionário de cada participante voluntário da pesquisa, constando dados pessoais, hábitos, histórico de saúde, uso de antimicrobianos, entre outros. O projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da UFSC (CEPSH-UFSC), ao Diretor da Penitenciaria e Juiz responsável. Os dados reportados contribuirão para um melhor entendimento dos fatores de risco associados à colonização por S. aureus em ambiente prisional e também para um futuro controle das infecções.

Palavras-chave
staphylococcus aureus, MRSA, população carcerária

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