Os agrotóxicos são bastante utilizados na agricultura com o objetivo de defender as plantações contra insetos e pragas que possam danificá-las. Eles são considerados tóxicos e podem contaminar o meio ambiente, como por exemplo, as águas superficiais, podendo chegar na rede de abastecimento de água da população. Essas substâncias são classificadas como micropoluentes e os tratamentos convencionais de água não conseguem removê-los em sua totalidade. Por isso, é de extrema importância estudos de métodos que possam ser adicionados nos processos de tratamento de água, para remover essas substâncias com eficiência. O método de adsorção tem se destacado como uma alternativa atraente para a remoção desses micropoluentes presentes na água. Alguns estudos de adsorção utilizaram materiais que passaram por um pré-tratamento de carbonização, devido a algumas características que o material adquire após a queima, o qual foi observado bons resultados da remoção de contaminantes presentes na água. Devido a isso, o presente trabalho avaliou um resíduo de incineração proveniente de uma indústria termelétrica do estado de Santa Catarina, na remoção do agrotóxico imidacloprido da água. Para os experimentos foram utilizadas soluções aquosas de imidacloprido na concentração de 5 mgL-1. A concentração do agrotóxico foi quantificada através de um espectrofotômetro UV-Vis no comprimento de onda de 270 nm. Foram feitos ensaios de cinética de reação, isotermas, testes com diferentes pHs e dosagens de resíduo de incineração, a fim de avaliar a eficácia de adsorção do bioadsorvente testado.