Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
BIPI/UFSC
Orientador
MYRIAM RAQUEL MITJAVILA
Depto
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL / DSS/CSE
Centro
CENTRO SOCIOECONÔMICO
Laboratório
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais/Ciências Humanas
Sub-área do Conhecimento
Sociologia
Titulo
Medicalização da infância-problema: olhares da psiquiatria no Brasil
Resumo

A pesquisa tem por objetivo examinar processos de medicalização da infância no Brasil do ponto de vista dos olhares desenvolvidos pela neuropsiquiatria em torno de atributos e comportamentos considerados disruptivos ou socialmente problemáticos. A perspectiva adotada consiste em uma análise sociológica dessas construções biomédicas no contexto mais amplo de um novo tipo de racionalidade que organizaria as respostas sociais a certos tipos de ameaças e perigos que escapam aos mecanismos institucionais de gestão biopolítica da vida humana nas sociedades tardo-modernas. O principal foco de análise é constituído pelas categorias diagnósticas utilizadas no campo da psiquiatria da infância para codificar comportamentos como anormais ou patológicos ao longo da última década do século XX, período que marca um nítido processo de expansão dos objetos da medicina nessa área. A estratégia metodológica compreendeu a análise quanti-qualitativa das categorias diagnósticas utilizadas nos 135 artigos publicados no único periódico científico brasileiro na área da neuropsiquiatria infantil, distribuídos em 22 volumes lançados entre os anos de 1993 e 1999. Os principais resultados da pesquisa ilustram o caráter transicional dos objetos da psiquiatria infantil nesse período, no sentido de continuar a privilegiar a problematização do retardamento mental - e, em menor medida, os transtornos de conduta -, ao mesmo tempo em que é possível observar a presença de categorias diagnósticas historicamente emergentes (como o autismo) assim como de outras que começam a experimentar um significativo processo de expansão, baseado na padronização e ampliação dos instrumentos diagnósticos e terapêuticos, principalmente no caso do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

 

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238794
Palavras-chave
saberes, infância, medicalização, psiquiatria, biopoder
Colaboradores

Pró-Reitoria de Pesquisa(PROPESQ) | Central Telefônica - (48) 3721-9332 | Email - piict@contato.ufsc.br