Em abril de 2021, o Brasil bateu o recorde de produção de petróleo e gás natural, totalizando 4,6% de aumento comparado com o ano anterior e boa parte desta produção provém das plataformas marítimas (offshore), em torno de 97,4% do petróleo extraído. Entretanto, devido a seus limites geográficos e espaço reduzido, o tamanho de equipamentos e tempo de processos como o de tratamento de rejeitos da extração são dificultados. A extração do petróleo ocorre comumente com a injeção de água e outros produtos químicos para aumentar a produtividade do poço, porém essa água em contato com o petróleo gera um resíduo, a água produzida (AP), que deve ser tratada antes do descarte. Logo, o trabalho desenvolvido tem como objetivo remover um dos principais componentes da água produzida, o ácido naftênico (AN) utilizando a poliamida 6 como adsorvente, a fim de viabilizar o descarte dessa água ao mar. Portanto, buscou-se funcionalizar a fibra de poliamida, a fim de otimizar o processo de adsorção para maior viabilidade de sua aplicação. A reação de funcionalização foi baseada na hidrólise parcial catalisada por ácido. A fibra foi caracterizada por leituras no espectrofotômetro das soluções que detinham o corante Alaranjado de Metila não adsorvido, usando a técnica de colorimetria, o análogo ao papel do ácido naftênico e apresentou resultados satisfatórios que identificam adição de grupos amínicos. Ao fim desse trabalho, concluiu-se que o processo de adsorção do ácido naftênico a fim de tratar a água produzida pode ser otimizado pela utilização da fibra poliamida 6 tratada por hidrólise catalisada pelo ácido clorídrico (HCl, 11%) , um método simples, de baixo custo e gasto energético que aumenta mais duas vezes a quantidade dos grupos amínicos, que desempenham papel fundamental na adsorção do ácido naftênico pela membrana.