O Brasil é um dos países que mais produzem embriões in vitro, sendo essa uma biotécnica da reprodução de suma importância para o aproveitamento de animais com genéticas superiores. Já é conhecido que o estresse de retículo endoplasmático (RE) é um fator crítico na redução da qualidade de embriões produzidos in vitro, o objetivo desse estudo foi avaliar se o tratamento com TUDCA, durante o cultivo in vitro (CIV) tem efeito sobre o desenvolvimento embrionário. Através do experimento dose resposta, os embriões foram tratados com TUDCA nas doses 25, 50 e 100µM e comparados a um grupo grupo controle sem tratamento. As taxas de clivagem e blastocistos foram avaliadas às 48 e 168 horas pós-fecundação, respectivamente. Ao final da avaliação os embriões foram fixados e corados para realização de imunofluorescência e contagem das células. A maior taxa de clivagem foi observada no grupo tratado com a dose de 100µM (91,7±1,96%), contudo não diferiu estatisticamente do grupo controle (90,6±3%), 25µM (86,4±4,92%) e 50µM (87,8±0,97%). O tratamento com a dose de 100µM aumentou o número de blastocistos (51,8±3,71%), mas não foi significativamente maior que o grupo controle (50,9±3,59%) e os tratamentos com a dose de 25µM (45,3±4,19%) e 50µM  (42,9±5,73%). De maneira interessante, o grupo tratado com a dose de 100µM apresentou maior número de blastocistos expandidos. O tratamento com a dose de 50µM apresentou a maior média no número de células dos embriões produzidos (129,8±9,15%) e não diferiu estatisticamente do grupo tratado com a dose de 100µM (119,4±5,3%), sendo significativamente maior que a média de células no grupo controle (99,2±6,12%) e o grupo tratado com a dose de 25µM (96,2±5,87%). A partir desses resultados é possível concluir que o tratamento com TUDCA  proporciona um ambiente com condições favoráveis para a clivagem e desenvolvimento embrionário, fazendo com que os embriões produzidos in vitro possuem uma qualidade superior.