A cúrcuma é uma planta originária do subcontinente indiano e é amplamente utilizada em indústrias alimentícias, cosmética, têxtil e farmacêutica por suas características colorísticas e terapêuticas comprovadas. A presente pesquisa buscou compreender os fenômenos físicos e químicos relacionados à adsorção do extrato da cúrcuma sobre as fibras de algodão e poliamida, pelo processo de tingimento têxtil por esgotamento, assim como o mecanismo de liberação de seu princípio ativo a partir dos têxteis tingidos. Diferentes métodos de extração de curcumina a partir da cúrcuma em pó comercial foram avaliados, e diferentes concentrações de extrato no processo de tingimento, além de diferentes proporções de volume de etanol para dessorção. A extração pelo método de agitação na temperatura de 60ºC com etanol, apresentou os melhores resultados de rendimento em curcumina. Nos ensaios de tingimento, observou-se que todas as concentrações apresentaram cor amarelo intenso, porém, maiores concentrações de corante proporcionaram maiores quantidades de corante na fibra. Para ambas as fibras, o tempo de equilíbrio de adsorção foi inferior a 25 min. Por meio da análise de FTIR, observaram-se alterações na fibra de poliamida tingida, sugerindo a existência de interações químicas, e a análise microscópica não indicou alterações morfológicas na superfície das fibras. Os testes de solidez à lavagem, fricção e água indicaram uma maior resistência da cor para a poliamida, principalmente em meio úmido. Já os ensaios de solidez à luz apresentaram baixa resistência de cor para ambas as fibras. Os ensaios de dessorção da curcumina com os tecidos tingidos apresentaram melhores resultados em solução de 100% etanol. A pesquisa passou por mudanças devido ao fato de que não foi possível obter fluido corpóreo simulado e também não ocorria liberação do princípio ativo em água, então foi adaptado para liberação em etanol. Houve pequenas mudanças no projeto devido a pandemia de COVID-19.