Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
PIBIC/CNPq
Orientador
FABIO GONÇALVES DAURA JORGE
Depto
DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA E ZOOLOGIA / ECZ/CCB
Centro
CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS
Laboratório
Laboratório de Mamíferos Aquáticos - LAMAq
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências da Vida/Ciências Biológicas
Sub-área do Conhecimento
Ecologia
Titulo
PADRÃO DE OCORRÊNCIA E PREVALÊNCIA DE LESÕES DE TUBARÃO-CHARUTO (Isistius spp.) EM CETÁCEOS DA BACIA DE SANTOS, BRASIL
Resumo

O tubarão-charuto, Isistius spp., é um pequeno tubarão oceânico com hábito alimentar oportunista que inclui entre suas presas, os cetáceos. Suas mordidas geram lesões características, descritas em 13 espécies de cetáceos em águas brasileiras, totalizando 49 ao redor do mundo. Neste estudo buscou-se avaliar a prevalência e ocorrência espaço-temporal de mordidas deste tubarão em diferentes espécies de cetáceos e investigar as condições facilitadoras dessa interação. Foram utilizados registros de fotoidentificação de 2015 a 2021 do banco de dados do Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos, que realiza embarques sistemáticos em águas costeiras e oceânicas nessa região. Foram analisadas 7.171 fotos, de 27 espécies de cetáceos, a fim de avaliar a ocorrência de mordidas de Isistius spp. espacialmente, entre anos e por espécie. A prevalência, por ano e espécie, foi calculada como a razão entre indivíduos com lesões e o total de indivíduos fotoidentificados. Para avaliar a variação dos dados em função de variáveis explanatórias, foram ajustados modelos lineares. Foram identificados com lesões, 131 indivíduos de 19 espécies de cetáceos, sendo 13 destas, novos registros dessa interação em águas brasileiras. Para Eubalaena australis, tem-se o primeiro registro para a espécie. A prevalência foi maior em espécies oceânicas ou costeiro-oceânicas, migratórias, que vivem em pequenos grupos e com grande tamanho corporal, destacando-se os balenopterídeos. A ocorrência foi maior no inverno e espacialmente, embora não varie latitudinalmente, aumentou com a profundidade e distanciamento da costa. Estes resultados reforçam que a interação entre cetáceos e tubarão-charuto deve se limitar às águas oceânicas, onde ocorre Isistius spp. Assim, os raros registros de lesões em indivíduos em área costeira podem indicar movimentos longitudinais de uma presa tipicamente oceânica, porém com uso ocasional de águas costeiras.

 

 

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238488
Palavras-chave
Lesões epidérmicas, Interações ecológicas, Mamíferos marinhos
Colaboradores

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