Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
PIBIC/CNPq
Orientador
MARIANA PAOLOZZI SERVULO DA CUNHA
Depto
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA / FIL/CFH
Centro
CENTRO FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Laboratório
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais/Ciências Humanas
Sub-área do Conhecimento
Filosofia
Titulo
A memória das paixões nas Confissões de Agostinho
Resumo

O estudo da memória das paixões nas Confissões de Santo Agostinho tem sua relevância dentro do itinerário agostiniano pelo conhecimento de Deus, na ascensão da própria alma em direção à transcendência. Ademais, esse conceito toma forma na interação entre a memória e as paixões. Com o intuito de explicá-lo, a metodologia utilizada para a pesquisa foi a leitura, análise e reflexão crítica das Confissões e de textos de comentadores (as), dentro desse contexto. Em conjunto, reuniões mensais entre orientadora e orientando ocorreram; porém, em decorrência da pandemia da COVID-19, todas elas foram realizadas virtualmente.

Sobre os resultados, em primeiro lugar é preciso saber que pelo termo ‘memória’ entende-se, nas Confissões, um poder de vida que guarda uma multiplicidade de coisas, entre as quais podem estar as paixões. A memória é tida como uma realidade incorpórea. Ela também reflete um caráter temporal, na medida em que possibilita a união das ações e experiências passadas às do presente.

Em segundo lugar, compreende-se pelo termo ‘paixões’ movimentos anímicos que levam a um alvo em particular. Apesar de as paixões serem múltiplas, elas ainda assim podem ser guiadas em direção à verdadeira unidade. Nesse âmbito, a retidão determina a qualidade da paixão e do caráter da experiência à qual certa paixão levará, bem como é resultado da vontade que motiva os afetos. Ao mesmo tempo, as paixões também podem ser vistas como alimentos da alma, cuja digestão é feita pela memória.

Por fim, quando a memória e as paixões interagem, a memória das paixões é formada. Ela é a parte encarregada de guardar os afetos. Agostinho clarifica o funcionamento dessa parte da memória por intermédio de uma metáfora. Desse modo, a pessoa pode lembrar-se de tristes experiências passadas sem entristecer-se por isso, ou seja, sem que a paixão passada seja também a paixão do presente. A causa disso é que a memória guarda somente o nome e as noções dos afetos, mas não o seu sabor/conteúdo.

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/239090
Palavras-chave
Filosofia, Agostinho, pessoa, memoria, paixoes
Colaboradores

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