Devido a pandemia de COVID-19 as coletas do trabalho “Relação entre os níveis de atividade física e as disfunções vasculares em pacientes com câncer de mama” foram inviabilizadas. Para cumprir as atribuições do bolsista de iniciação científica e o cronograma planejado são apresentados os dados da pesquisa referente aos efeitos da ingestão aguda da infusão de erva-mate (EM) na função vascular. As doenças cardiovasculares (DCVs) são as maiores causas de morte em nível global e fatores nutricionais podem alteram sua incidência. A EM (Ilex paraguariensis) é uma planta consumida na forma de infusão quente ou fria. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da ingestão aguda da infusão de EM, quente ou fria, na função vascular por meio da dilatação fluxo mediada (FMD). Foram incluídos indivíduos de 18 a 40 anos de ambos os sexos. Foi realizado um ensaio clínico randomizado cruzado em 3 momentos: o controle, a infusão fria de EM e a infusão quente de EM. Os desfechos foram avaliados antes da administração da intervenção, 40 e 80 minutos após a intervenção. 13 indivíduos foram avaliados. No desfecho primário, o percentual da FMD na análise de variância (ANOVA) apontou um efeito somente para intervenção, e não para a interação entre tempo e intervenção. Quanto aos desfechos secundários, a variabilidade da frequência cardíaca na avaliação de tempo da ANOVA demonstrou um aumento da alta frequência (HF), redução da razão baixa frequência/alta frequência (LF/HF), e aumento dos índices SDNN e RMSSD. A frequência cardíaca e pressão arterial apresentaram resultado para o domínio do tempo, com aparente redução e elevação, respectivamente. Os resultados do estudo indicam que, considerando a interação de tempo e intervenção, não houve impacto da infusão de EM na FMD. Os resultados da FMD contrariam a hipótese inicial do grupo, e possivelmente são influenciados por fatores como a quantidade de polifenóis na amostra. Não parece haver efeito específico da EM nos desfechos secundários.