A videira é muito produzida para fabricação de vinhos finos, utilizando variedades de Vitis vinífera, com maior qualidade, porém mais susceptíveis a doenças como a podridão da uva madura, afetando a qualidade e quantidade da produção. É favorecida por condições ambientais de calor e umidade, apresentando o apodrecimento dos frutos maduros. Com a identificação morfológica e molecular, já foram associadas aos sintomas da doença diversas espécies de Colletotrichum spp., evidenciando a necessidade da análise de diversidade do patógeno associado a doença para propor estratégias de manejo e melhoramento genético. Diante disso, o objetivo do trabalho é caracterizar morfológica e molecularmente a diversidade de Colletotrichum spp. isolados de sintomas podridão da uva madura em vinhedos de Santa Catarina. Para isso, foram coletadas amostras aleatórias de cachos de 36 variedades de uva, com sintomas de podridão, de vinhedos de 5 municípios do Estado: (Curitibanos, São Joaquim, Urussanga, Videira e Água Doce), totalizando 200 isolados. As amostras coletadas, seguiram protocolos do crescimento á avaliação morfológica de textura, cor e diâmetro das colônias; extração de DNA; amplificação das regiões ITS, GAPDH e LSU; quantificação; sequenciamento e análise filogenética. Somente 44 isolados apresentaram formação de colônias, onde verificou-se grande variação morfológica, 21 colônias baixas e 23 com crescimento rente. Esporos geralmente cilíndricos,  algumas colônias com gradientes de cor e setores, 19 cor salmão, 10 laranja e 15 creme. Isolados de cor rosada à alaranjada foram classificados como C. acutatum e os acinzentados, como C. gloeosporioides. O uso de caracteres morfológicos permite a identificação de complexo, necessitando comprovação por sequenciamento e filogenética. Até o momento, apenas o isolado GL_VI_19, C. melonis, da variedade PIWI Felícia foi sequenciado e inserido no complexo C. acutatum. Outros 12 isolados, estão em fase de interpretação dos dados e filogenia.