A crescente demanda por tecnologias para reduzir os impactos ambientais de combustíveis fósseis traz a tona as células combustíveis microbianas (CCMs) que utilizam microrganismos como biocatalisadores ativos na decomposição orgânica de substratos, como a glicose, em elétrons e prótons, a fim de recuperar energia química dos resíduos orgânicos sob a forma de eletricidade. O bom desempenho das membranas condutoras de prótons e dos eletrodos são os aspectos importantes para a viabilidade das CCMs. O objetivo principal deste projeto foi desenvolver membranas com base em nanocelulose bacteriana, funcionalizada com remazol preto B, visando aplicações em CCMs como membranas trocadoras de prótons. As membranas funcionalizadas foram analisadas quanto a sua morfologia e microestrutura por microscopia eletrônica de varredura (MEV), quanto as propriedades elétricas e quanto a capacidade de troca iônica (IEC). Os resultados mostraram que a morfologia e microestrutura é modificada conforme o aumento da concentração do corante no processo de funcionalização, as propriedades elétricas não foram afetadas pela funcionalização e IEC demonstrou que a funcionalização das membranas de NCB com o corante potencializa sua aplicação como MTP em CCMs.