A implementação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), em 2018, trouxe mudanças para as diretrizes de ensino de línguas em escolas regulares, incluindo uma atenção maior à aquisição da competência comunicativa. No entanto, Costa (2013), Buss (2016), Haus (2018) e Camargo (2020) indicam que os professores de língua inglesa se sentem despreparados para ensinar pronúncia. Dessa forma, o presente projeto de pesquisa visa investigar se a maneira como os currículos dos cursos de graduação em licenciatura em Letras – Inglês contemplam o ensino da pronúncia pode influenciar a percepção de professores a respeito dessa atividade. Para isso, promoveu-se uma oficina de formação continuada para professores em serviço com, pelo menos, o grau de licenciado. Ela ofereceu uma revisão completa dos conceitos advindos da Fonética e Fonologia, bem como questões sobre como ensinar pronúncia considerando conjunturas educacionais distintas. Os participantes foram convidados a contribuir com o estudo e, para a coleta de dados, responderam a dois questionários online com cerca de 40 questões abertas e fechadas, visando compreender com mais profundidade suas vivências individuais e profissionais. Os resultados preliminares abordados estão concentrados em uma seção específica do segundo questionário, destinado a averiguar as práticas e cognições pedagógicas dos professores a respeito do ensino de pronúncia com auxílio de recursos tecnológicos, uma vez que pesquisas recentes demonstram os benefícios de integrá-los (HINKS, 2018; BALDISSERA & TUMOLO, 2021; ROGERSON-REVELL, 2021). As questões observadas revelam a necessidade de olharmos para as matrizes curriculares dos cursos de licenciatura em Letras – Inglês, uma vez que os participantes demonstram que suas experiências educacionais anteriores os impactaram, positiva e negativamente, no modo que abordam o ensino de pronúncia mediado por ferramentas digitais em suas salas de aula.