Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
BIPI/UFSC
Orientador
FABIENNE ANTUNES FERREIRA
Depto
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA/CCB
Centro
CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS
Laboratório
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências da Vida/Ciências Biológicas
Sub-área do Conhecimento
Microbiologia Aplicada
Titulo
Procianidinas bioativas da semente de açaí: estudo da atividade antimicrobiana
Resumo

O açaí é, hoje, um fruto (Euterpe oleracea Mart.) amplamente consumido no mundo, principalmente devido aos seus conhecidos benefícios à saúde. O Brasil se destaca como o maior produtor, exportador e consumidor de açaí globalmente, produzindo 1,62 milhão de toneladas em 2019. A polpa corresponde a somente cerca de 15% do açaí, enquanto os outros 85% correspondem à sua semente, fibrosa e não comestível. Assim, com a crescente produção, foi estimado, em 2019, um descarte de 1,4 milhão de toneladas de sementes de açaí. Esse resíduo não possui destinação correta e causa problemas ambientais e sanitários. Porém, a semente de açaí apresenta compostos polifenólicos da classe das procianidinas que podem ser importantes fontes de compostos bioativos para diferentes indústrias. Essas procianidinas apresentam um grau de polimerização médio (mDP) entre 9-12, mas a relação entre a mDP e as propriedades bioativas desses compostos não é bem elucidada. Assim, o presente trabalho se preocupou em explorar a relação entre a mDP das procianidinas com a sua atividade antimicrobiana, realizando ensaios de mínima concentração inibitória (MIC) e macrodiluição em caldo a partir do uso de diferentes frações do extrato da semente de açaí, bem como o extrato bruto. As frações possuíam diferentes mDP. Acerca dos resultados obtidos, todas as frações e o extrato bruto da semente do açaí apresentaram atividade inibitória contra as cepas microbianas testadas. No ensaio de MIC, a fração que continha dímeros e trímeros (mDP = 2,6) apresentou o maior halo de inibição. Nos ensaios quantitativos, a fração com a maior mDP dentre as testadas (12,1), apresentou a maior inibição para duas de três cepas. De tal modo, as propriedades antimicrobianas do extrato da semente de açaí parecem estar diretamente relacionadas com o grau médio de polimerização de seus compostos e com a concentração das frações. Porém, também foi observada atividade inibitória proveniente dos monômeros catequina e epicatequina testados.

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238855
Palavras-chave
semente de acaí, atividade antimicrobiana, procianidinas
Colaboradores

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