A Dengue é uma das arboviroses mais incidentes no mundo, de grande preocupação para a saúde pública, sendo o mosquito Aedes aegypti, o principal artrópode vetor. A infecção do inseto ocorre através da ingestão de sangue contendo o vírus. Quando o mosquito se alimenta de sangue, são geradas moléculas pró-oxidantes, os grupos heme, que causam estresse oxidativo ao inseto. O estresse gerado levaria a um dano tecidual patológico. Sugerimos que o mosquito Aedes aegypti é tolerante à infecção pelo vírus da Dengue, através de mecanismos antioxidantes que auxiliam na adaptação ao estresse oxidativo. Nossos dados de expressão gênica mostram que esses mecanismos são desencadeados pelo aumento da expressão de alguns genes após uma alimentação com sangue, infectado e não infectado. Esses genes são responsáveis pela ativação de proteínas responsáveis pelo fenótipo da imunidadde antiviral. A estratégia futura envolve o uso de RNAi para silenciamento desses genes, esperando que a imunidade de tolerância do mosquito seja quebrada, acabando com a transmissão viral.