O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de 5 concentrações de solução de Hipoclorito de Sódio (NaOCl) na microdureza e na resistência à flexão da dentina radicular. O preparo químico-mecânico de 60 dentes humanos foi realizado com instrumento Reciproc R40 seguido de irrigação convencional com NaOCl à 2,5%. Os dentes foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual e fixados a um aparato de resina epóxi. 30 amostras foram levadas ao teste de microdureza inicial, realizando 3 edentações na luz do canal possibilitando uma média aritmética. Após, as duas partes das amostras foram unidas com cola quente para o protocolo final de irrigação. 6 grupos distintos foram formados (n=10): Grupo Controle (GC), NaOCl à 1% (G1), NaOCl à 2,5% (G2), NaOCl à 5% (G3), NaOCl à 8% (G4) e NaOCl à 10% (G5). O protocolo consistiu em irrigação sequenciada de EDTA à 17% + NaOCl com ativação ultrassônica passiva de 20 segundos entre cada solução. O GC utilizou água destilada no lugar do NaOCl. Ao final do protocolo, as metades foram separadas para a realização dos testes finais. Todas as amostras (n=60) foram cortadas em feixes de dentina para a realização do teste de flexão de 3 pontos. A normalidade dos dados obtidos foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk, seguido do teste de Kruskal-Wallis. O teste de ANOVA foi empregado para comparar os grupos. Os dados obtidos no teste de microdureza foram submetidos ao teste t de Student para comparação dos valores antes e após o protocolo de irrigação final. A microdureza inicial apresentou diferença estatística entre os grupos. Entretanto, os resultados de microdureza final, não apresentaram diferença entre os dados. Os dados obtidos no teste de flexão foram submetidos à análise de normalidade de Shapiro-Wilk com posterior aplicação ao teste de ANOVA e não apresentou diferença estatística entre os grupos. Foi possível concluir que as diferentes concentrações de NaOCl não alteraram a microdureza, nem a resistência à flexão da dentina radicular.