Os processos de síntese verde têm sido cada vez mais requisitados nos cenários atuais devido às questões de sustentabilidade e de viabilidade econômica. Neste contexto, destaca-se a importância dessas novas tecnologias no setor agrícola, que carece cada vez mais de desenvolvimento. Dessa forma, o uso de carbon dots (CD’s) se torna uma alternativa promissora, em virtude de sua efetividade aplicada em processos fotossintéticos. Carbon dots são nanomateriais com propriedades fotoluminescentes que apresentam vantagens, como biocompatibilidade, baixa citotoxicidade, controle de emissão de luz e absorção de multifótons. Nesse sentido, este estudo visa obter carbon dots sustentáveis com rendimento quântico (RQ) ajustável utilizando a biomassa do cambuci (Campomanesia phaea) e o extrato de mulala (Euclea natalensis) para aplicação nos processos fotossintéticos. Utilizou-se a pasta de cambuci com o extrato de mulala com pH corrigido em estufa com tempos e temperaturas distintos, seguindo um planejamento experimental do tipo Box-Behnken. Realizou-se o isolamento dos cloroplastos de folhas de alface, seguido da determinação do potencial fotossintético utilizando o reagente DCPIP. Os CD’s foram caracterizados através da técnica de FTIR e potencial zeta. A reação de Hill foi realizada para determinar a atividade fotossintética e a absorbância em intervalo de 1 min foi determinada para se obter a curva padrão. Os resultados mostraram que os CDs apresentaram RQ mínimo de 1,10% e máximo de 6,09%. Além disto, todos os fatores foram estatisticamente significativos (p < 0,05). No entanto, o pH foi o fator que mais influenciou o rendimento quântico. A concentração de clorofila, obtida através de uma correlação tendo a absorbância como parâmetro, foi de 18 μg/L. Observou-se que o experimento de maior rendimento quântico demonstrou maior queda do reagente, indicando que ocorreu maior redução. Esse resultado comprova que o rendimento quântico está relacionado com a taxa de fotossíntese.