Próteses de elastômeros sofrem influência de agentes endógenos e exógenos. Minimizar as alterações garante maior longevidade e aceitabilidade das próteses. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do suor, oleosidade, protetor solar e desinfetante sobre a estabilidade de cor, dureza e rugosidade de elastômero para próteses maxilofaciais. Espécimes pigmentados intrinsecamente permaneceram em contato com a pele humana por 30 dias, considerando as exposições (n=36/ grupo), ausente (Controle, C); suor e oleosidade (SO); suor e oleosidade associados ao protetor solar (SOP); digluconato de clorexidina a 0,12% (DC0,12%); todos os agentes (SOPDC). O espectrofotômetro mensurou a alteração de cor (CIELab e sistema National Standard Bureau, NBS), durômetro a dureza shore A e rugosímetro a rugosidade (baseline e 30 dias). A microscopia eletrônica de varredura (MEV) possibilitou análises qualitativas. Os dados foram processados pelos testes de Kruskal-Wallis (cor) e ANOVA two-way (dureza e rugosidade), com pós-teste Sidak (α= 0,05). Ao final do estudo, DC0,12% (1,54±0,49) e SOPDC (2,10±1,03) causaram as menores alterações de cor, sendo semelhantes. Para NBS, as alterações foram leve e notável, respectivamente. SOP promoveu a maior alteração de cor (6,99±1,43, NBS: grande) e dureza (17,97±0,56), e rugosidade intermediária (3,48±1,05) entre SOPDC (2,25±0,53) e os grupos C (4,46±0,95) e DC0,12% (4,39±1,26), que foram semelhantes. Não houve diferença entre os grupos para dureza, exceto SOP. As análises qualitativas foram correspondentes as quantitativas. Conclui-se que fatores endógenos e exógenos são capazes de alterar as propriedades do elastômero. O Digluconato de Clorexidina a 0,12% minimizou as alterações causadas pelo suor, oleosidade e protetor solar. A partir desta pesquisa espera-se maior compreensão da ação de agentes capazes de influenciar na estabilidade das propriedades do elastômero para próteses maxilofaciais.