Sensores piezoresistivos são dispositivos que tem sua resistência elétrica alterada quando um esforço mecânico é aplicado sob eles. Quando são fabricados a partir de membranas eletrofiadas, eles apresentam boa flexibilidade, processabilidade e sensibilidade de resposta. O presente trabalho tem como objetivo a fabricação de membranas a partir de nanofibras de poli(ácido láctico) (PLA), poli(óxido de etileno) (PEO) e nanotubos de carbono (NTC), obtidas pelo processo de eletrofiação coaxial. Primeiramente foram preparadas soluções de PLA solubilizado em dicloroetano e dimetilformamida em uma proporção de 3:1 para ser eletrofiado com objetivo de determinar os melhores parâmetros de processo e solução. Posteriormente foram produzidas as primeiras nanofibras de PLA e PEO por meio da eletrofiação coaxial, com o PLA sendo o núcleo e o PEO a casca. Em seguida foram adicionados nanotubos de carbono nas concentrações 0,25%m, 0,50%m, 0,75%m e 1%m na solução de PEO, no qual foi colocada em um banho ultrasônico para promover a dispersão das cargas. Com o intuito de verificar a morfologia e as propriedades das membranas eletrofiadas, estas foram caracterizadas por meio de Microscopia Ótica de Luz Transmitida, Microscopia Eletrônica de Varredura, Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier, ensaio de condutividade elétrica e ensaio de tração. Observou-se que as fibras apresentaram boa continuidade e baixa quantidade de defeitos. A adição de nanotubos de carbono não alterou as bandas de absorção dos polímeros. A sua inserção melhorou a qualidade das fibras e diminuiu o diâmetro médio das mesmas. Houve uma redução da tensão máxima, elasticidade e alongamento máximo em comparação com as membranas que possuíam apenas PLA e PEO, devido a má dispersão dos NTCs. A condutividade elétrica das membranas apresentou um aumento com a adição de NTC, com 0,50%m de NTC, entretanto as membranas continuaram com valores de condutividade elétrica característicos de materiais isolantes.