Através das obras Paulicéia Desvairada (1922) e A Escrava Que Não é Isaura (1925),  Mário de Andrade apresenta princípios estéticos que, segundo seu juízo, nortearão a poesia do grupo modernista do qual faz parte e destaca o pretenso rompimento da literatura modernista com estruturas poéticas do que considera como passadismo. No primeiro livro, contamos com o marcante Prefácio Interessantíssimo, o qual pode ser considerado um manifesto do modernismo brasileiro, com a elaboração de teorias poéticas por meio de frases de efeito e constatações fragmentárias. Essas ideias  serão retomadas pelo próprio autor em A Escrava Que Não é Isaura, texto no qual assevera o rompimento com a tradição passadista e introduz uma estética baseada na subjetividade e experimentação, dialogando com autores das vanguardas históricas, como Futurismo, Dadaísmo e o primeiro Surrealismo e com autores brasileiros. Dando ênfase às formulações estéticas e às alusões a outros autores  e, após apresentar brevemente os dois livros, o presente projeto destinou-se à análise de diálogos, sociabilidade e comunidade presentes na crítica literária de Mário de Andrade, publicada em jornais, nos primeiros anos da década de 1920, momento em que surgem e se consolidam as ideias do grupo modernista colocados lado a lado pela Semana de Arte Moderna de 1922. Além dos materiais já citados, é importante destacar que por meio da Biblioteca Nacional Digital foi possível acessar inúmeros periódicos da época, os quais continham ao menos um texto crítico produzido por Mário de Andrade. Boa parte desses textos foram transcritos, especialmente os que não foram publicados pelo autor, e serviram como base principal para o desenvolvimento da pesquisa, além de outras bibliografias que serão citadas adiante.   

Palavras-chave: Crítica literária, Mário de Andrade, Movimento modernista, Periódicos.