Os sistemas de integração lavoura-pecuária vem gerando grande interesse nos pesquisadores acerca da captação de carbono e melhoramento das pastagens, além do conforto térmico aos animais, por meio de sombra. Também, esses sistemas contribuem com a melhoria do solo constituindo uma significativa sustentabilidade para os sistemas de produção. Assim, objetivou-se avaliar a influência de núcleos arbóreos na pastagem sobre a produção e qualidade do pasto. A pesquisa foi executada na Fazenda Experimental da Ressacada FER/UFSC, localizada em Florianópolis, em uma pastagem com núcleos arbóreos em implantação. Os tratamentos avaliados foram Pasto Sem Árvore (PSA), Piquete com 5% da área ocupada por núcleos (SSPn5) e Piquete com 10% da área ocupada por núcleos (SSPn10). Foi quantificada a produção e a qualidade da pastagem dentro dos piquetes e entorno dos núcleos antes da entrada dos animais, conforme ponto ótimo de repouso. As medições compreenderam coletas em cinco rodadas de ocupação, no período de agosto de 2021 a abril de 2022. A pastagem coletada foi pesada, pré-secada e moída para serem analisadas as variáveis de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e  fibra em detergente ácido (FDA) e estimadas as produções de massa verde e seca por hectare. A produção de massa foi estimada pelo método do quadrado, onde foram utilizados quadros de 50x50cm. A produção de matéria verde por hectare (MV.HA-1) apresentou média de 4.064,8kg em relação aos tratamentos analisados, matéria seca por hectare (MS.HA-1) de 1.252,8kg, fibra em detergente neutro (FDN) 66,7% e fibra em detergente ácido (FDA) 37,68%, os quais não foram diferentes estatisticamente. A proteína bruta da pastagem foi maior para o tratamento SSPn10 (9,03%) no entorno do núcleo em relação a PSA (7,98%).  Conclui-se que a presença dos núcleos arbóreos não alterou a quantidade de massa de forragem disponível, porém, melhorou a qualidade próxima aos núcleos em maior densidade na pastagem.