A partir da pesquisa bibliográfica abordando os temas: ergonomia e usabilidade, envelhecimento saudável, experiência do usuário (UX) e tecnologias assistivas, assim como a autonomia do idoso, foi possível compreender melhor as limitações da pessoa idosa e suas necessidades dentro do processo de envelhecimento.

Após o levantamento das ferramentas ergonômicas: constelação de atributos e mapeamento visual - este associado a teoria das facetas para uma melhor tabulação de resultados, estas foram aplicadas na forma de entrevista semiestruturada com 25 idosos catarinenses com 60 anos ou mais. Estes responderam perguntas abertas sobre seu ambiente, seu dia a dia e como são vistos e percebidos, por terceiros e por si. Responderam também sobre as maiores dificuldades que vieram a possuir com a idade e em seus ambientes, se precisavam e o que pensavam das tecnologias assistivas. 

Assim, foi possível mapear as necessidades e preferências dos idosos quanto aos seus ambientes residenciais, assim como identificar as maiores necessidades e estigmas relacionados ao envelhecimento. Essas características foram classificadas e comparadas entre si, a partir da aplicação do canvas UX-QUALI-MAP para organizar essas informações a fim de compreender a experiência do idoso com e satisfazer suas necessidades individuais, organizacionais e sociais relacionadas a seu ambiente de moradia, servindo como ponto de partida para desenvolvimento de projetos com contribuição para um envelhecimento saudável. A intenção é ressaltar a importância da opinião dos usuários finais, no caso os idosos, como contribuição para o processo de desenvolvimento projetual, assim como trazer as oportunidades de produtos que contribuam para um ambiente adequado e mais seguro e reduzir o estigma sobre esses usuários ao potencializar a autonomia e um envelhecimento ativo.