Neste trabalho, desenvolveu-se um estudo acerca da força de atrito relacionado com o fornecimento de agarre nas superfícies das rodas do robô de inspeção para colaborar com as transposições de isoladores de redes de distribuição. Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica para que se pudesse adquirir informações sobre as metodologias para experimentação de força de atrito, materiais que pudessem potencializar o atrito gerado entre as superfícies, e arranjos de borrachas usadas em veículos dos mais diversos tipos. Após a pesquisa realizada, escolheu-se dois materiais que apresentaram potencial para o fornecimento de atrito no robô. Os dois materiais escolhidos foram o Selante de Poliuretano, utilizado, principalmente, em vedações e colagens, e a borracha de silicone, utilizada em moldes ou também para vedações. A maior dificuldade encontrada no manejo destes materiais foi o controle da espessura dos perfis gerados, para isso, modelou-se instrumentos voltados a realização deste controle. Além destes materiais, gerou-se uma solução baseada na adição de mais uma camada da borracha EPDM sobreposta sobre a antiga formando uma dupla camada deste material. Esta solução se baseou em, por exemplo, pneus de motocicletas de Trial, que possuem calibragens bastante baixas, para que eles se moldem sobre os obstáculos e forneçam uma maior superfície de contato para que a tração do veículo seja mais eficiente nas transposições. Realizou-se, então, testes de transposição utilizando apenas o isolador do tipo Pilar, pois este gerava mais problemas de falta de atrito nas transposições, devido as suas elevadas dimensões. Das formas como foram aplicados e levando em conta a espessura utilizada, os revestimentos de Selante de PU e borracha de silicone não demonstraram eficácia no fornecimento de agarre. Já a dupla camada de borracha EPDM se mostrou mais adequada a este fim, pois apesar de, nos testes, os resultados terem sido ruins, poucos deles foram devido à falta de atrito.