Nos últimos dois anos, devido à pandemia da Covid-19, fez-se uso massivo dos espaços virtuais. Os desafios enfrentados quanto às diversas condições dos estudantes explicitaram a relevância dos espaços físicos na produção do conhecimento. Desde de 2019, parcerias institucionais do Laboratório de Ecologia Urbana (LEUr) possibilitaram a obtenção dados, devidamente anonimizados, que permitiram obter informações sobre deslocamentos internos, via análises dos dados dados do Wi-Fi, e as dinâmicas de deslocamento da comunidade universitária até o campus. Um questionário online foi aplicado pela administração da UFSC em 2020 com o intuito de descobrir os impactos das atividades remotas na comunidade acadêmica. A pesquisa da universidade focou nos estudantes da graduação, buscando traçar um perfil a partir dos seguintes critérios: silêncio e privacidade, necessidade de acesso a equipamentos da universidade e meios de transporte que costumam usar. O questionário foi respondido 65% do total de matriculados. Através do cruzamento desses dados com outras bases existentes, como o total de usuários conectados em determinado edifício, é possível obter meios de compreensão das dinâmicas universitárias consideradas em totalidade. Quando mapeadas, tais informações podem ser sobrepostas e inter-relacionadas à diversas condicionantes socioespaciais, auxiliando no planejamento de ações que tornem o campus, e o contexto no qual ele se insere, um local que preza pelas pessoas e fomente os encontros de ideias, tanto no meio virtual quanto no meio físico.