A demanda crescente por compostos orgânicos aplicados a novas tecnologias e novos materiais torna necessário não apenas o aperfeiçoamento de rotas sintéticas, mas também a redução do impacto ambiental produzido por sua utilização. Nesta área, a Química Verde se destaca pelo desenvolvimento de metodologias ambientalmente amigáveis, visando rotas mais limpas e eficientes. Almejando assim a economia atômica, redução do número de etapas reacionais e da toxicidade dos compostos utilizados.

No século passado, ao final da Segunda Guerra Mundial, houve um crescimento explosivo no interesse por compostos heterocíclicos. Isso pode ser atribuído ao fato de que até hoje mais da metade dos compostos químicos registrados são heterocíclicos e este núcleo está presente em mais de 70% dos fármacos em uso. Além disso, é possível lembrar da importância dos heterocíclicos quando pensamos nas unidades fundamentais da vida, presentes nas bases de DNA, RNA etc. Compostos contendo esqueletos heterocíclicos apresentam a vantagem de ter absorção oral favorável e biodisponibilidade devido à sua solubilidade, bem como a possibilidade de formação de sais.

         Uma classe de compostos que se destaca na síntese orgânica são as azirinas, compostos chave para o preparo de moléculas mais complexas, por conta da tensão anelar são bastante reativas. Reações de clivagem e expansão do anel são facilitadas, sendo amplamente utilizadas na síntese de N-heterociclos como oxazóis e imidazóis.

O oxazol e imidazóis são importantes heterociclos muito bem conhecidos e caracterizados. Compostos contendo o núcleo oxazólico e imidazólicos apresentam potenciais aplicações na medicina, química, agricultura e ciências supramoleculares. Especialmente em química medicinal, oxazóis e imidazóis substituídos e seus derivados ganharam notoriedade por conta de suas atividades biológicas.