Comumente durante processos de industrialização apenas parte de uma determinada fruta é aproveitada, gerando cascas, sementes e outros coprodutos que quase sempre são desperdiçados. Dentre essas frutas está a juçara (Euterpe edulis Martius), espécie brasileira proveniente da palmeira juçara encontrada da Mata Atlântica. 

Recentemente, atividades biológicas relevantes têm sido associadas à fruta juçara, e seu uso na alimentação tornou-se uma importante alternativa nutricional, ambiental e econômica. Dessa forma, o fruto Juçara vem ganhando destaque no mundo científico e é considerado uma superfruta, uma vez que apresenta um alto valor nutricional advindo da alta concentração de compostos fenólicos que apresenta, com alta atividade antioxidante. A extração de compostos de valor agregado como os compostos fenólicos vem sendo cada vez mais estudada e avaliada sob a ótica da biorrefinaria. Sendo assim, tem-se como objetivo dessa pesquisa analisar a extração de compostos fenólicos e antocianinas da polpa da fruta juçara mediante técnicas de extração convencional e não convencional. Além disso, esse projeto apresenta uma comparação entre o emprego de solventes não tóxicos e menos agressivos ao meio ambiente como etanol e diols (derivados do glicerol) na extração de compostos bioativos da juçara.