Muito se fala da aura perdida da obra de arte, que, com os avanços das técnicas de reprodução, pode se livrar das dependências da religião e de seu valor exclusivo de culto, adquirindo um alcance de massa ao potencializar seu valor de exposição: se antes ela era autêntica, mas pouco vista, agora pode ser reproduzida infinitas vezes para que todos tenham acesso. No entanto, pouco se explora a polissemia do conceito de aura oferecido por Walter Benjamin: “a aparição única de uma coisa distante, por mais próxima que ela esteja”. O presente relatório pretende apresentar os resultados de uma investigação feita ao longo de um ano sobre a relação entre proximidade e distância no conceito de aura, sobretudo no ensaio Sobre alguns temas em Baudelaire de 1939.