Santa Catarina é um estado reconhecido pela produção de moluscos bivalves marinhos no Brasil, sendo que a expressiva produção está localizada na Baía de Florianópolis. Portanto, a fim de mitigar os impactos causados por esses cultivos, é necessário compreender melhor o efeito da dinâmica da água para observar o destino das partículas de biodepósitos provenientes dos moluscos. Neste sentido, o objetivo geral, enquanto aluna de Iniciação Científica, foi de realizar estudos teórico-práticos sobre a determinação da velocidade de sedimentação de biodepósitos de moluscos, em especial do mexilhão Perna perna na Baía da Ilha de Santa Catarina. Os organismos foram inseridos em um sistema com caixas individuais, com fluxo constante de água do mar, nas quais produziram fezes e pseudofezes que foram coletadas. Posteriormente, as amostras foram introduzidas em uma coluna de sedimentação, baseada na metodologia UFT, para determinar a velocidade de sedimentação dos biodepósitos através da medição direta da turbidez. Os dados obtidos na coluna, em relação aos tempos necessários para a deposição desse material ao fundo, variaram de 1,66 cm.s^-1 a 3,33 cm.s^-1, sendo 2,46 cm.s^-1 a média da velocidade de sedimentação dos biodepósitos e 2,59 cm.s^-1 a média apenas das fezes. Para as pseudofezes não foi possível observar um padrão na turbidez. Os resultados servirão de base para a parametrização de modelagem hidrodinâmica de base física, ferramenta com grande importância para a gestão de áreas de cultivo e prever possíveis impactos ambientais na costeira local.