A pele, órgão importante para a estética, pode ser rejuvenescida com o auxílio de enzimas. Proteases como a papaína são capazes de replicar o processo de renovação natural da pele, atuando como agente esfoliante. A aplicação de máscaras faciais enzimáticas, além de atrativa ao consumidor, é uma maneira de imobilizar a papaína e, assim, preservar sua atividade. Desse modo, o objetivo do presente foi avaliar a imobilização de papaína em máscaras faciais para aplicação cosmética de esfoliação. Filmes de amido e carboximetilcelulose foram produzidos; papaína foi imobilizada nos filmes por meio da técnica de adsorção os materiais foram caracterizados e avaliados quanto sua efetividade da imobilização através da atividade proteolítica dos filmes. A imobilização foi realizada em diferentes pH, 6,0, 7,0 e 8,0 e com e sem prévia ativação com HCl (0,05 – 0,20% m/m). A medida da atividade proteolítica demonstrou que os melhores filmes foram obtidos em pH 8,0 e ativação com ácido clorídrico 0,10% (m/m), retendo quase 70% da atividade da enzima livre. Os filmes com melhor resultado de imobilização foram caracterizados por meio de diversos testes. O estudo da solubilidade, espessura e umidade dos filmes mostrou resultados adequados à aplicação de interesse. A análise das propriedades mecânicas revelou que a papaína teve atuação como molécula de reforço. Com os resultados obtidos, foi possível determinar que as propriedades dos filmes são adequadas ao uso como máscara facial e que a papaína imobilizada tem capacidade de hidrólise, podendo atuar como esfoliante.