Anualmente são gastos aproximadamente 3,5% em média do PIB mundial, devido a corrosão metálica. Desta forma, o desenvolvimento de estudos e tecnologias para prevenir o processo corrosivo trazendo benefícios econômicos e ambientais, além de prevenção de acidentes associados à corrosão, se tornam extremamente relevantes. Uma das formas para combater a corrosão são os inibidores, que são substâncias que podem retardar o processo corrosivo. Na busca de inibidores que tenham eficiência similar e menor toxicidade, surgem os inibidores verdes. Neste trabalho, foi avaliado a combinação de uma barreira física empregando um revestimento acrílico à base de água contendo um inibidor verde incorporado em sua matriz. O inibidor verde utilizado foi um extrato de S. terebinthifolius (EST) que foi emulsionado com dodecil sulfato de sódio (SDS) e brometo de hexadeciltrimetilamônio (CTAB) como agentes tensoativos. A capacidade antioxidante do EST foi avaliada através do método de captação de radical DPPH (1,1-difenil-2-picril hidrazil) e por medidas de voltametria cíclica (CV). A avaliação da eficiência do revestimento foi realizada através dos resultados das medidas de potencial de circuito aberto (OCP) e espectroscopia de impedância eletroquímica em solução aquosa de NaCl (3,5% m/v). Como resultado para a capacidade antioxidante obteve-se um valor de IC50 comparável aos valores obtidos para padrões de antioxidantes, que corroboram com os resultados obtidos na CV. Quando incorporados na matriz polimérica o resultado observado foi de melhoria nos parâmetros eletroquímicos avaliados, sendo a eficiência de inibição estimada em 98,04% (EST/SDS) e 96,61% (EST/CTAB) quando comparado ao aço. Quando estas amostras são comparadas ao aço revestido com o revestimento acrílico a estimativa da inibição foi de 19,38% (EST/SDS), indicando que o sistema estudado pode ser uma alternativa ambientalmente segura para aumento da atividade inibidora da corrosão metálica.