Este trabalho explora alguns pontos do contexto educacional vivenciados durante o distanciamento social causado pela Pandemia da COVID-19; a profusão dos termos utilizados para nomear as práticas pedagógicas utilizadas para dar continuidade ao ano letivo na educação básica durante este período; a impressão de professores e gestores sobre a adaptação ao ensino remoto. Para isso foram realizadas revisões de literatura, cada uma para um objetivo, questionários e entrevistas com profissionais da área, e análise documental das leis que regulamentam a atividade docente em âmbito não presencial. Embasado na teoria crítica de tecnologia e currículo de Andrew Feenberg e Neil Selwyn, entendo que tecnologias, e seus nomes, são imbuídos de significados e representações ideológicas daqueles que as criaram, por isso é fundamental que haja atenção e estudo aprofundado sobre a relação entre tecnologia, educação e sociedade. Essa pesquisa ajuda a mostrar que há uma distância conceitual entre as compreensões Legislativa e Institucional sobre o o quê foi o exercício docente realizado na pandemia, e aponta para uma diversidade de termos novos sem definições robustas, seja no âmbito conceitual ou legal, aliado ainda a ausência quase total do termo 'Educação a Distância', que possui definição legal. Com o cenário que se formou no decorrer dos últimos 3 anos, houve um incentivo ao crescimento da esfera mercantil e privada de tecnologias educacionais, principalmente as digitais, que ainda são apresentadas sob o pretexto de que irão auxiliar as redes e sistemas de ensino em suas operações, mas ignoram as implicações legais associadas a isso.