O projeto apresenta um estudo sobre materiais geopoliméricos sintetizados  apartir de cinzas pesadas provinda da queima do carvão mineral e metacaulim. O termo geopolímeros foi elaborado pelo por Davidovits em 1978. São materiais cimentícios, produzidos a partir de aluminossilicatos ativados com uma solução alcalina, tipicamente, composta de KOH ou NaOH. As propriedades desses materiais são interessantes para diversas áreas, entre elas: cimentos para a área da construção civil, materiais adsorventes de efluentes contaminados e imobilização de resíduos tóxicos. Neste trabalho, foi dada ênfase para a produção de geopolímeros para aplicação na imobilização de materiais radioativos. A utilização de geopolímeros como agente imobilizador, pode auxiliar na contenção de rejeitos tóxicos para o meio ambiente. O geopolímero obtido teve como principal objetivo o desenvolvimento de uma matriz reforçada, para aplicação na imobilização de materiais nucleares e metais pesados. Pretende futuramente, por meio de parceria, realizar ensaios com materiais radioativos no IPEN/CNEN-SP. Para a elaboração do geopolímero foram utilizadas diferentes proporções de metacaulim/cinza pesada ativados com uma solução de hidróxido de portássio (KOH) e silicato de sódio (Na2SiO3). O material obtido até o momento foi caracterizado pelas técnicas de fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX), espectrometria no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). A partir das análises DE FRX observou-se as matérias-primas são viáveis para o estudo, devido aos seus teores de SiO2 e Al2O3, sendo: 56,03% e 20,92% para a cinza pesada; 52,24% e 41,16% para o metacaulim. Os melhores resultados foram obtidos nas amostras sintetizadas com 100% de matacaulim e nas amostras produzidas nas proporções de 2:1 para cinza/metacaulim, 2:1, conforme foi possível observar pelo halo amorfo apresentado nos difratogramas e pelas alterações dos grupos funcionais observadas nas análises de FTIR.