As manchas causadas por bactérias do gênero Xanthomonas em tomate e pimentão constituem-se em um importante fator de perdas para as culturas. Buscando medidas de baixo impacto ambiental para o controle dessas doenças, no atual estudo foram avaliados os efeitos de quitosana, extrato hidroalcóolico da própolis verde de Calmon/SC e extrato hidroalcóolico da própolis marrom de Ibaití/PR sobre Xanthomonas hortorum pv. gardneri e Xanthomonas euvesicatoria pv. euvesicatoria. . Foram quantificados os teores de matéria seca, flavonoides e compostos fenólicos totais de ambas as fontes de própolis. Diferentes concentrações das própolis e de quitosana foram incorporadas em meio sólido NA para se avaliar o efeito sobre a formação de colônias bacterianas ou incorporadas em meio líquido para se verificar o efeito sobre a formação de biofilme. Para o ensaio com tomate, as plantas foram pulverizadas com as fontes de própolise inoculadas com Xanthomonas hortorum pv. gardneri, avaliando-se a severidade da doença 18 e 25 dias depois. Ambas as fontes de própolis inibiram a formação de colônias das duas bactérias, sendo que a Xanthomonas euvesicatoria pv. euvesicatoria foi completamente inibida já na menor concentração usada (2,5 mg/mL), enquanto a inibição de Xanthomonas hortorum pv. gardneri foi maior à medida que se aumentou a concentração da própolis. Os experimentos in vitro com quitosana e de biofilme com extrato hidroalcóolico de própolis não produziram resultados confiáveis, necessitando repetição. Para o ensaio in vivo, as plantas de tomate tratadas com extrato hidroalcóolico de própolis apresentaram, em média, aproximadamente 50% a menos de severidade de mancha bacteriana em relação à testemunha. Conclui-se então, que o extrato hidroalcóolico de própolis apresenta potencial efetivo no controle da mancha bacteriana do tomateiro, causada por Xanthomonas hortorum pv. gardneri.