Estabelecer sistemas agroflorestais (SAFs) para recuperar áreas degradadas é um desafio constante com inúmeras situações limitantes. É inevitável utilizar a mecanização já existente da agricultura convencional para adaptar técnicas aliadas aos conceitos da agricultura sintrópica. O objetivo foi investigar recursos que possam ajudar áreas degradadas a se restabelecer sem a utilização de insumos agrícolas. O presente estudo se utilizou de duas áreas com características distintas para testar a eficácia de adubação verde com Flemingia macrophylla, a primeira área em estágio de sucessão menos avançado, plantada sozinha, já a outra área tem estágio de sucessão mais avançado, plantadas com outras espécies adubadeiras e com presença de cobertura de solo. Selecionamos espécies a partir de atributos funcionais, compatibilidade com poda mecanizada, e viabilidade para o produtor. Testamos também se o período de adição (antes ou depois do plantio) da cobertura de solo (por maravalha provinda da criação de animais) influencia no estabelecimento das plantas cultivadas. As Flemingias plantadas nas áreas com presença de outras plantas (consórcio), e com presença de cobertura de solo tiveram maior taxa de crescimento. Os resultados sugerem que a utilização da cobertura de solo depois do plantio pode controlar plantas daninhas e melhorar o estabelecimento de Flemingia, indicando uma forma compatível com a mecanização. Entretanto, dentro da comparação entre maravalha antes e depois não houve diferença significativa nas taxas de crescimento das plantas consorciadas. Indicando que existem recursos para o estabelecimento inicial de florestas produtivas sem contribuir com a degradação ambiental.