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Autor | |
Instituição | UFSC |
Tipo de Bolsa | PIBIC/CNPq |
Orientador | EDUARDO LUÍS HETTWER GIEHL |
Depto | DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA E ZOOLOGIA / ECZ/CCB |
Centro | CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS |
Laboratório | Laboratório de Diversidade e Conservação |
Grande Área / Área do Conhecimento | Ciências da Vida/Ciências Biológicas |
Sub-área do Conhecimento | Ecologia |
Titulo | Biodiversidade de Santa Catarina: investigando a ecologia histórica e os efeitos de manejo para restauração e conservação da Mata Atlântica do Sul do Brasil. |
Resumo | Historicamente, a dinâmica dos campos de altitude do sul do Brasil envolveu a presença de grandes herbívoros, antes representados pela megafauna e hoje pelo gado. Além disso, a dinâmica dos campos inclui o manejo com fogo, antes feito por povos ameríndios e hoje por pecuaristas. Nos últimos séculos, muitas áreas de campos de altitude da região passaram a ser manejadas com a criação de gado bovino e o uso do fogo para manter os campos propícios a essa atividade, resultando na promoção da vegetação herbácea. Estudos recentes sugerem que na ausência deste tipo de manejo tradicional os campos ficam suscetíveis à substituição por vegetação arbustiva ou lenhosa, além de vulneráveis a incêndios catastróficos resultantes do acúmulo de biomassa aérea morta. Porém há ainda lacunas sobre quais distúrbios (fogo, pastejo ou ambos) de fato mantém os campos e que impactos eles apresentam sobre a diversidade de plantas herbáceas típicas de campos nativos, bem como sobre a necessidade de inclusão de distúrbios em estratégias de conservação destes ecossistemas na região. Aqui tivemos como objetivo avaliar a composição florística dos campos nativos do Parque Nacional de São Joaquim, Planalto Serrano Catarinense, a fim de realizar o levantamento de vegetação anterior à implementação de tratamentos experimentais onde serão aplicados os dois tipos de distúrbios, sua combinação, bem como controles. O levantamento aqui relatado e o experimento que se seguirá estão sendo realizados no âmbito do PELD-BISC (Programa de Pesquisas Ecológica de Longa Duração sobre a Biodiversidade de Santa Catarina). O Parque Nacional de São Joaquim é uma unidade de conservação que pratica um manejo distinto daquele aplicado em áreas privadas adjacentes, pois previne ou impede queimadas e a presença de gado. Com fins de implementação futura do experimento, foram selecionadas sete áreas que foram cercadas e isoladas do resto do Parque. Cada área é um bloco experimental subdividido em 4 parcelas de 70 x 70 m, que, futuramente, receberão um dos tratamentos experimentais. Aqui realizamos o levantamento da vegetação herbácea em 12 quadrados de 1 x 1 m por parcela, totalizando 336 quadrados (7 blocos x 4 parcelas x 12 quadrados). A partir dos dados de vegetação coletados, foi compilada uma lista de espécies com suas respectivas coberturas totais para representar a abundância relativa de cada uma das espécies. No total foram encontradas 143 espécies, distribuídas em 43 famílias, sendo as mais abundantes Poaceae, Asteraceae e Cyperaceae. As espécies com maior cobertura relativa foram Andropogon lateralis (15,3% de cobertura), Axonopus sufulttus (13,3%) e Digitaria phaenotrix (10,5%). A riqueza média de espécies por quadrado foi 15,29. Os dados de riqueza e composição de espécies serão posteriormente relacionados com as variáveis ambientais, e servirão como uma descrição do ponto de partida para acompanhar a trajetória da vegetação sob os tratamentos experimentais que serão estabelecidos. |
Link do Video | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250475 |
Palavras-chave | Fogo, Pastejo, Inventário Florístico, Parque Nacional de São Joaquim |
Colaboradores |