A eletroquimioterapia (EQT) é uma técnica que combina pulsos elétricos de alta tensão com quimioterápicos para tratar tumores, baseando-se no fenômeno da eletroporação (EP). Uma das principais preocupações é garantir uma distribuição uniforme do campo elétrico, para a qual os géis condutores têm papel fundamental. A condutividade dos géis afeta diretamente a penetração dos pulsos elétricos, influenciando a eficácia do tratamento. Este estudo investigou o impacto da condutividade dos géis na distribuição do campo elétrico em geometrias descontínuas, usando tanto experimentos in silico quanto in vitro com tubérculos de batata. Os resultados mostraram que os géis condutores são eficazes na homogeneização do campo elétrico durante a eletroporação. Além disso, foi possível otimizar a condutividade dos géis para reduzir a corrente em até 20% no caso abordado, aumentando a segurança do paciente e do equipamento utilizado no procedimento.