Esta pesquisa investiga como a subjetividade emerge nos processos de aprendizagem da Matemática, articulando a Teoria da Objetivação (Radford, 2021) e a Teoria da Subjetividade (González Rey, 2005; Wagner, 2024). Desenvolvida com abordagem teórica e qualitativa, a investigação utilizou revisão bibliográfica crítica para compreender como os sujeitos se constituem no contexto da Educação Matemática, considerando dimensões simbólicas, afetivas e culturais. O estudo destaca que aprender Matemática não é apenas adquirir conteúdos, mas participar de um processo intersubjetivo, em que gestos, linguagem, silêncios e interações sociais contribuem para a construção do conhecimento e da própria subjetividade. A análise evidencia que práticas pedagógicas centradas exclusivamente em técnica ou desempenho reduzem a aprendizagem e desconsideram a complexidade do sujeito. Ao contrário, práticas éticas, dialógicas e sensíveis à alteridade favorecem a emergência de sujeitos críticos, autônomos e conscientes de seu papel social. O projeto se relaciona ao eixo temático “Promoção da igualdade e fortalecimento da democracia” da UFSC, ao propor uma Educação Matemática que reconhece a diversidade, valoriza a participação ativa dos estudantes e contribui para a formação de sujeitos socialmente engajados. A pesquisa aponta caminhos para futuras investigações empíricas que explorem como a subjetividade se manifesta em diferentes contextos escolares e como práticas pedagógicas podem promover aprendizagem significativa, inclusão e cidadania.