A mancha bacteriana (Xanthomonas gardneri) é uma das principais doenças foliares que atingem o tomateiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de quitosanas de alta e baixa densidade no controle da doença. Para isso, realizaram-se ensaios in vivo e in vitro. Os testes in vivo foram conduzidos em casa de vegetação,onde avaliou-se o efeito de concentrações de quitosana (0; 1,5 e 3 mg/ml) sobre a severidade da mancha. Como controle negativo utilizou-se a água destilada e positivo o acibenzolar-S-metil (25 mg/L). As suspensões foram pulverizadas nas plantas e após 3 dias foi feita a inoculação com suspensão bacteriana (Abs 600 nm:0,6), avaliando-se a severidade de 4 folhas por parcela experimental, 10 dias após a inoculação.Foram realizadas 6 repetições por tratamento. Além disso, avaliou-se a influência do intervalo de tempo (7, 5, 3, 1)dias entre a aplicação da quitosana e a inoculação da bactéria sobre o sintoma da doença. Já para o teste in vitro, as suspensões foram incorporadas junto ao meio de cultura NA nas mesmas concentrações utilizadas no ensaio in vivo. Após a solidificação do meio, alíquotas (100 µL) de suspensão bacteriana foram espalhadas na superfície. As placas foram incubadas a 25°C e o crescimento bacteriano avaliado após 48h em espectrofotômetro (a 600 nm). Ambas as quitosanas testadas não apresentaram efeito antimicrobiano sobre o patógeno. No teste in vivo, a quitosana de alta densidade apresentou maior eficiência no controle da doença, sendo que a dose de 3 mg/ml reduziu 60% da severidade. Porém não verificou-se diferença na severidade entre os intervalos de aplicação do polissacarídeo. Desta forma, a quitosana de alta densidade demonstra-se como potencial controlador da mancha bacteriana, o que pode estar relacionado à indução de resistência.