A magnetita é um minério de ferro composto por óxidos de Fe(II) e Fe(III), de fórmula molecular Fe₃O₄ que apresenta comportamento superparamagnético, ou seja, é facilmente magnetizado na presença de um campo magnético externo. A síntese pode ser realizada segundo o método de coprecipitação, que consiste em misturar soluções aquosas de sais de Fe(II) e Fe(III) e adicionar uma solução alcalina ao meio, ocasionando a formação e precipitação de um sólido de cor preta, a magnetita. Durante a síntese pode-se utilizar materiais estabilizantes capazes de controlar o crescimento das partículas, como por exemplo, tensoativos e polímeros. Foram realizados testes com diferentes estabilizantes, com o objetivo de encontrar aquele que proporcionasse menor tamanho e melhor estabilidade das partículas de magnetita. Foram utilizados ácido láurico, ácido cítrico e um surfactante do tipo alquilimidazol propano sulfonato - ImS3-14, sintetizado pelo grupo.

Na síntese sem nenhum estabilizante e com a adição de ácido láurico foram obtidas partículas grandes de magnetita. A adição do surfactante ImS3-14 fez com que as partículas apresentassem tamanho menor do que o obtido com ácido láurico, devido a formação de micelas que controlam o tamanho das partículas. Ao se utilizar ácido cítrico, percebeu-se uma diminuição ainda maior do tamanho das partículas, causada pela adsorção do ácido cítrico na superfície da magnetita. A mistura de ácido cítrico com ImS3-14 não apresentou diferenças perceptíveis no tamanho em relação ao ácido cítrico puro, mas aumentou a solubilidade da magnetita no meio aquoso.

As perspectivas do trabalho são sintetizar a magnetita em nanoescala e recobrir com um metal de transição – paládio, ouro, ródio – tendo assim, um nanocatalisador capaz de ser removido facilmente do sistema utilizando-se um ímã.