Incêndios periódicos como o que aconteceu em abril de 2012 têm sido registrados frequentemente nas áreas de restinga do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Santa Catarina. Os efeitos que o fogo causa à fauna local são, no entanto, ainda desconhecidos. Os objetivos deste estudo foram de continuar o estudo iniciado em 2013 para verificar a composição e riqueza de répteis Squamata em áreas queimadas e não queimadas e comparar a composição e riqueza de répteis Squamata registrados antes de 2012 e depois deste evento. Os registros antes de 2012 foram fornecidos por Wachlevski (2011) e os pós fogo seguiram a mesma metodologia empregada: com re-instalação de armadilhas de interceptação e queda. As armadilhas foram vistoriadas mensalmente até dezembro de 2014. Após o fogo, foram registradas 22 espécies contra 20 espécies de répteis antes do fogo. Similar resultado foi observado com a composição de espécies entre áreas queimadas e não queimadas e entre pré e pós fogo. Porém destacamos os registros de novas espécies, como Typhlops brongersmianus, Tantilla melanocephala e Phalotris lemniscatus. Os dados levantados por este estudo apontam um incremento da riqueza de répteis Squamata encontrados neste local – o que pode ter ocorrido pela dificuldade em coletar estes répteis em pesquisas anteriores. Os dados apontam, também, que o incêndio não afetou, de maneira significativa, a comunidade local de répteis Squamata.