O conhecimento filosófico surgiu aos poucos, em superação aos mitos e às crenças religiosas, na tentativa de conhecer e compreender o mundo e os seres que nele habitam. A formação do pensamento filosófico se deu na passagem do mito (mýthos) para a razão (lógos). Os deuses tiveram sua importância relativizada pela razão a partir dos elementos existentes na natureza e estudados pelos pré-socráticos. Sabe-se que o início da filosofia deu-se em razão da transcendência dos mitos e entende-se que todos os aspectos da vida do homem grego, individual e social, o destino das suas cidades e decisões pessoais eram concebidos estritamente ligados à crença nos deuses, e, condicionados a ela. A passagem à filosofia aconteceu no momento em que o homem passou a buscar explicações por meio de um método racional para os fenômenos da natureza, e não mais somente na mitologia. Até então, o homem, como herança cultural tinha a crença de que tudo, desde as quatro estações até a morte, era relacionado a um deus ou mito. A filosofia, ao nascer, teve definida a sua busca: uma explicação racional sobre a origem e ordem do mundo, o kósmos (cosmos). Por isso os primeiros filósofos se ocuparam principalmente de indagações a respeito do mundo ao seu redor, que também envolviam a percepção do lugar do homem nele. Essa busca trouxe à luz uma divergência entre ciência e senso comum. O resultado desta divergência foi o nascimento da filosofia, com a Escola Jônica, onde há o início da construção da racionalidade, superando a antiga mitologia e especulando livremente sobre a natureza do mundo e as finalidades da vida. Na continuidade de sua história, a filosofia continua em busca de respostas, que surgem a partir de novas perguntas e que nos levarão, ainda, a outras. Para a execução da presente pesquisa foi utilizado o método dedutivo. Através da pesquisa bibliográfica e documental buscou-se responder ao problema em questão.