O presente trabalho comparou o desenvolvimento larval da sardinha brasileira em sistema de mesocosmo em diferentes estações do ano e intensivo. Os ovos foram obtidos de desova espontânea de reprodutores do Laboratório de Piscicultura Marinha. No sistema intensivo as larvas foram alimentadas com Brachionus plicatilis e Artemia nauplii, em água verde (Chlorella spp.). No mesocosmo utilizou-se água do mar filtrada e fertilizada para promover a proliferação do plâncton. Foi realizada a identificação dos grupos de zooplâncton que apareciam com mais frequência e em maior quantidade sendo eles:  Brachionus plicatilis e Acartia tonsa. As larvas de S. brasiliensis criadas em mesocosmo apresentaram diferenças significativas (p <0,05) positivas no comprimento total quando comparado ao sistema intensivo. Mas, não houve diferença entre os mesocosmos de verão e primavera.  Não foram constatadas diferenças significativas (p >0,05) na sobrevivência e na produtividade entre os dois sistemas de cultivo. É válido ressaltar que o requerimento tecnológico do mesocosmo é menos custoso quando comparado ao intensivo. Os resultados deste estudo contribuem para o estabelecimento de protocolos de criação em massa de larvas de S. brasiliensis em cativeiro, com o objetivo de suprir a demanda dos atuneiros por isca-viva aliviando a pressão sobre os estoques selvagens de sardinha-verdadeira.