Hoje imagens que mostram ativações de zonas cerebrais enquanto o paciente faz algum tipo de ação, também chamadas de imagens funcionais, são basicamente feitas atraves de ressonância magnética. Com base nas limitações dessa tecnologia, a ICONEUS desenvolve, a partir de um ecógrafo, um software que adquire imagens cerebrais funcionais com ultrassons ultrarápidos, tecnologia desenvolvida no próprio laboratório onde ela está incubada. O software é essencialmente vendido para neurocientistas em fase de estudo pré-clínico, ou seja, em espécies não humanas. 

Além do ecógrafo ser mais barato do que a maquina de ressonância magnética, alguns outros aspectos se destacam: como a resolução espacial e temporal, permitindo mais resolução e precisão nas imagens, a portabilidade e a capacidade de fazer imagens do cérebro inteiro.

Uma das grandes dificuldades do ultrassom cerebral é o fato de que o ultrassom perde muita energia quando atravessa o crânio, se fazendo necessário uma abertura no crânio do animal, para uma imagem ultrassonora de boa resolução. É exatamente esse problema que a ICONEUS tenta resolver e que eu pude ajudar.

Analisando cuidadosamente as imagens ultrassonoras adquiridas a gente vê um certo tipo de aberração em alguns vasos sanguineos na parte do cortex do animal. Essas aberrações poderiam vir de uma saturação do sinal sonoro. Então o meu objetivo era confirmar que essas aberrações vinham de uma saturação do sinal, corrigir e implementar um código que otimizasse  essa correção em tempo real.

Eu pude então cumprir todos os objetivos mencionados acima mais um último extra, melhorando a sensibilidade do software e facilitando medidas fisiológicas futuras.