O clima possui um caráter de primeira importância no trato das questões ambientais por exercer forte influência tanto sobre a paisagem físico-natural quanto sobre os homens/mulheres e suas sociedades. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo caracterizar os climas da Ilha de Santa Catarina, onde se localiza o município de Florianópolis/SC, sobretudo, da Ilha de Santa Catarina. O interesse foi de identificar como a dinâmica atmosférica regional, bem como sua relação com os fatores da paisagem local, configuraram a distribuição espaço-temporal dos elementos climáticos e oferecem problemáticas para as situações conflituosas, decorrentes da interação entre a sociedade e a natureza. Recorreu-se a uma fundamentação teórica que pudesse caracterizar o clima como fenômeno geográfico, tanto em termos sintéticos, dinâmicos, e a partir de sua variabilidade. Por isso, priorizou-se a observação das variações climáticas, admitidas em uma perspectiva da caracterização atmosféricas, encaradas sob enfoque quantitativo, consubstanciando-as na explicação qualitativa de sua gênese e repercussão espaço-temporal. Foram realizadas análises de estatística descritiva com os dados disponíveis de estações meteorológicas localizadas no município de Florianópolis. Em seguida foram elaborados produtos de cartografia climática que pudessem apontar os principais condicionantes de topoclima e microclima, auxiliando na admissão de um modelo metodológico de articulação de escalas para a identificação padrões climáticos a partir de um dimensionamento de atributos relacionados à organização local dos climas regionais. As principais contribuições se referem aos elementos: temperatura e precipitação, resultando na identificação de um clima urbano que contribui para a estruturação de ilhas de calor e a qualificação de processos de espacialização da chuva que caracterizam áreas suscetíveis a impactos socioambientais, respectivamente.