O objetivo do estudo foi avaliar o efeito in vitro do carvacrol na inibição de diferentes patógenos, avaliar a influência da ração suplementada com carvacrol sobre parâmetros zootécnicos, microbiológicos e imunológicos do L. vannamei, e sobre a resistência dos camarões ao desafio com V. parahaemolyticus. Para isso, foi determinada a atividade inibitória do carvacrol com o método de Disco de difusão em ágar frente às bactérias V. alginolyticus, V. parahaemolyticus, V. harveyi, S. aureus e E. coli. Foi analisada a Concentração mínima inibitória (MIC) do carvacrol frente aos mesmos patógenos. Então, os camarões foram alimentados com dietas contendo 1, 3, 4 e 6 mg/mL de carvacrol, além de um grupo controle, sem a adição do carvacrol. Tanques de 400 L foram povoados com 25 camarões com peso inicial de 4,96 ± 0,14. No final do experimento foram avaliados parâmetros zootécnicos, imunológicos, microbiota intestinal e resistência dos animais frente a infecção com V. parahaemolyticus. Os maiores halos de inibição foram obtidos frente aos patógenos V. parahaemolyticus e V. harveyi enquanto V. alginolyticus e S. aureus obtiveram os menores halos da análise. No MIC, o carvacrol conseguiu inibir as bactérias V. alginolyticus e V. harveyi em uma concentração menor do que as demais bactérias. Ao final do experimento, não foram encontradas diferenças significativas nos parâmetros zootécnicos, imunológicos e nas mortalidades frente a infecção com o V. parahaemolyticus. Igualmente, os tratamentos contendo carvacrol não apresentaram diferenças nas contagens de Vibrio spp. e bactérias heterotróficas. Pode-se concluir que o carvacrol possui efeito inibitório in vitro frente a todos os patógenos analisados, embora a ração com o composto não influencie os parâmetros zootécnicos, microbiológicos e imunológicos do L. vannamei. Os camarões alimentados com diferentes concentrações de carvacrol também não apresentaram maior resistência frente a infecção com V. parahaemolyticus.