Os alimentos funcionais se destacam na indústria alimentícia, pela capacidade de oferecer benefícios à saúde, graças à presença de compostos bioativos em suas composições. A luteolina, a curcumina e o trans-resveratrol são substâncias de origem vegetal que apresentam diversas características funcionais, tais como anti-oxidantes e anti-inflamatórias, que quando ingeridos ou incorporados em alimentos trazem vantagens à saúde, podendo também ter efeitos positivos no tratamento de doenças. Um dos maiores problemas do uso industrial destas substâncias se dá à baixa biodisponibilidade delas, ou seja, à dificuldade do corpo humano em metabolizá-las. O processo de micronização consiste na redução do tamanho das partículas, alterando características, como o aumento da solubilidade em água, que acarreta numa maior biodisponibilidade da substância. A cocristalização é um método que muda as propriedades da substância, por meio da alteração das interações moleculares e da composição química da substância (com o auxílio de um coformador), permitindo, assim, a melhora da sua biodisponibilidade. Os métodos de micronização e cocristalização a alta pressão apresentam diversas vantagens em comparação aos convencionais, tais como menor desperdício de solvente e maior controle no tamanho das partículas e em sua distribuição durante o processo. O dióxido de carbono supercrítico é muito usado por ser atóxico, não inflamável, possuir baixo custo e ser altamente versátil, podendo atuar como solvente, antissolvente ou soluto nesses processos. Este projeto foi divido em duas partes, a primeira visa analisar o método gás antissolvente para micronizar a luteolina, e o segundo tem como objetivo gerar cocristais à partir da curcumina e do resveratrol utilizando o método de cocristalização por solvente supercrítico. Ambas buscam a diminuição do tamanho médio das partículas, para aumentar a biodisponibilidade destas substâncias.