Introdução: A prematuridade é um fator que predispõe a diversas morbidades ao recém-nascido (RN) levando a um período prolongado de internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e consequentemente gerar privação de estímulos. Reconhecer alterações e implementar de protocolos de estimulação precocemente pode reduzir as sequelas derivadas dessa privação. Contudo, há uma lacuna científica sobre os efeitos da avaliação visual no ambiente hospitalar. Objetivo: Avaliar as respostas comportamentais, dor e estresse de recém-nascido termo (RNT) e recém-nascidos pré-termo (RNPT) durante a avaliação visual no ambiente hospitalar. Método: Estudo transversal, realizado na UTIN e alojamento conjunto de um hospital público em Santa Catarina. Na avaliação visual foi utilizado os Cartões de Acuidade de Teller^â. A avaliação comportamental foi realizada por observação das respostas apresentadas pelos RNs, divididas em sinais de aproximação (SA) e sinais de retraimento (SR). Na avaliação da dor foi utilizada a escala de Dor do Recém-Nascido (NIPS-Brasil). Foram analisados os sinais vitais: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO₂) e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), todas as variáveis foram analisadas no momento pré e pós avaliação. A análise estatística foi realizada de forma descritiva. Resultados: Participaram do estudo 8 RNPT e 2 RNT. Na avaliação visual 1 RNPT obteve escore menor do que o esperado para a idade. As variáveis FC, FR e SpO₂ ficaram dentro dos valores de normalidade, somente a PAS e a PAD ficaram abaixo. Na pré-avaliação, nenhum RN demonstrou dor e 1 RNT e 7 RNPT demonstraram SA enquanto 1 RNT e 1 RNPT exibiram SR .Na pós avaliação, 1 RNPT passou a manifestar dor e 3 RNPT apresentaram SR, enquanto todos os RNT demonstraram somente SA. Conclusão: O estudo mostrou que a avaliação visual pode ser estressante para um pequeno número de RNPT, gerando SR e provocando dor.