Introdução: Estresse oxidativo (EO) e um estado de desnutrição são associados, muitas vezes, a pacientes com doença renal crônica (DRC) submetidos à hemodiálise (HD). Diversos fatores contribuem para essa conjuntura, tais como: a progressão da DRC, o procedimento da hemodiálise, menor ingestão de nutrientes, catabolismo e perdas de antioxidantes e aminoácidos. Objetivo: Avaliar marcadores de estresse oxidativo e o estado nutricional de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Métodos: O trabalho tem caráter descritivo, analítico e transversal. Foi realizado na Unidade de Terapia Dialítica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), no mês de janeiro de 2020. Os participantes seguiram os critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Foram quantificados os marcadores antioxidantes, capacidade antioxidante total (TAC), glutationa peroxidase (GPx), glutationa reduzida (GSH), vitamina C; e os marcadores oxidativos, estado oxidante total (EOT), índice de estresse oxidativo (IEO), malondialdeído (MDA) e glutationa oxidada (GSSG). E o estado nutricional dos pacientes foi avaliado por meio do índice de massa corporal (IMC). Resultados: O estudo teve a participação de 21 pacientes, com idade média de 55,3 ± 12,8 anos e a maioria era do sexo feminino (61,9%, n = 13). Os marcadores de EO indicaram que os pacientes em HD apresentam uma resposta antioxidante prejudicada e que o estresse oxidativo está marcadamente presente. Em relação ao estado nutricional, os valores médios de IMC encontraram-se dentro da classificação de eutrofia. Não foi observada correlação significativa entre os marcadores de EO e o estado nutricional dos pacientes submetidos à hemodiálise. Conclusão: De modo geral, os pacientes apresentavam-se em bom estado nutricional de acordo com índice de massa corporal. No entanto o estresse oxidativo foi evidente. Não foi observada correlação significativa entre os marcadores de EO e o estado nutricional.