A casca de banana e o resíduo cervejeiro são potenciais fontes de xilooligossacarídeos, sobretudo em virtude de serem materiais lignocelulósicos com presença de uma porcentagem significativa de hemicelulose, a qual contém as cadeias de xilose. Os xilo-oligossacarídeos (XOS) atuam como prebióticos nos organismos. Nesse trabalho, propôs-se avaliar a possível obtenção de XOS a partir desses resíduos. Nesse âmbito, empregaram-se dois processos: o pré-tratamento ácido e o tratamento alcalino. O pré-tratamento ácido permite a recuperação de xilose e xilo-oligossacarídeos no hidrolisado; o tratamento alcalino, em contrapartida, promove a deslignificação e liberação de açúcares, dentre eles os XOS em questão. No tratamento alcalino, foram utilizados os álcalis hidróxido de sódio e hidróxido de potássio. Para a casca de banana, ressalta-se que o resultado mais promissor foi aquele que empregou subsequentemente o pré-tratamento ácido e o tratamento alcalino com NaOH, auferindo um valor de 527,8 mg de XOS para cada grama de casca de banana. No entanto, nos processos efetuados no resíduo de cerveja, os resultados não foram tão promissores: contatou-se uma queda de 76,93% na quantidade de hemicelulose se comparado o resíduo in natura e o resíduo após tratamento ácido. Isso posto, depreende-se que a casca de banana é um resíduo promissor para a produção de xilo-oligossacarídeos de alto valor agregado à medida que o resíduo cervejeiro necessita de estudos mais aprofundados sobre tratamentos satisfatórios para a produção de XOS a partir dessa biomassa.